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O Prelúdio Submarino é o primeiro concerto do projeto Grande Pesca Sonora: Missão ao Fundo do Mar. Resulta da primeira fase de trabalho com alunos da Escola Secundária Augusto Gomes e com a Associação de Pescadores Aposentados de Matosinhos, consistindo numa sequência de texturas sonoras, melodias originais e temas convencionais do repertório do jazz. A disposição dos performers e músicos à volta do público promoveu trabalho sobre espacialização do som que, juntamente com o facto de ser um concerto para um máximo de 20 pessoas, conferiu ao concerto uma carácter intimista.
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De vez em quando é preciso voltar às origens para respirar fundo. A OJM faz música em várias frentes, trabalhando com inúmeros compositores e arranjadores e desenvolvendo projectos inovadores e parcerias com solistas de renome. Mas foi aqui que começou: com a música original de Pedro Guedes e Carlos Azevedo. Foram assim os primeiros anos e os primeiros discos, em especial aquele que gravou com o saxofonista norte-americano Chris Cheek, há quase 10 anos. Mais do que a reedição desse encontro, esta é a ocasião para se ouvir novas composições originais da dupla que tem dirigido a OJM desde sempre, abrilhantadas pelos solos de um saxofonista crucial do jazz contemporâneo.
Direcção Musical: Carlos Azevedo, Pedro Guedes
Convidados: Chris Cheek (saxofone tenor)
Música: Carlos Azevedo e Pedro Guedes
Madeiras: José Luís Rego, João Guimarães, Mário Santos, José Pedro Coelho, Rui Teixeira
Trompetes: Gileno Santana, Ricardo Formoso, Rogério Ribeiro, Javier Pereiro
Trombones: Daniel Dias, Andreia Santos, Álvaro Pinto, Gonçalo Dias
Secção Rítmica: André Fernandes (guitarra), Carlos Azevedo (piano), José Carlos Barbosa (contrabaixo), Marcos Cavaleiro (bateria).
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É já a 28 de Novembro que a Orquestra Jazz de Matosinhos se apresenta em digressão com o grande saxofonista americano, Mark Turner.
Mark Turner tornou-se uma referência máxima do jazz contemporâneo na viragem de século, com vários álbuns seminais em nome próprio e colaborações intensas com uma geração de músicos onde se incluíam nomes como Brad Mehldau, Kurt Rosenwinkel, Joshua Redman e Chris Potter, entre outros. A sua personalidade expressiva funde-se com o saxofone tenor de modo admirável, sabendo como poucos transformar uma rede de influências inescapáveis – Coltrane, Henderson, Shorter – em linguagem pura e original. Trata-se de uma personalidade musical calma e reflexiva, mas também aventureira fazendo bom uso do pleno domínio técnico do instrumento. O seu último álbum, editado no ano passado, tornou-se um acontecimento: depois de 13 anos sem gravar como líder, juntou-se à mítica ECM para apresentar “Lathe of Heaven", celebrado entusiasticamente pela crítica.
O ano de 2008 marcou o primeiro encontro de Mark Turner com a OJM, como um dos três saxofonistas convidados no projecto 3 Tenores. Já então nos foi dada a oportunidade de o ouvir interpretar a música original de Pedro Guedes e Carlos Azevedo. Na verdade, convém lembrar, foi com esta música que tudo começou para a big band de Matosinhos, já lá vai uma década e meia. As composições dos dois diretores da orquestra foram uma pedrada no charco da criação jazzística nacional, e vários desses títulos são agora revisitados a par de composições mais recentes de ambos.
O reencontro da OJM com Mark Turner marca mais um passo importante na internacionalização do agrupamento, depois de viagens a Bruxelas, Milão, Nova Iorque, França e Barcelona. Acontece na sala Auditori como parte do prestigiado Voll-Damm Festival Internacional de Jazz de Barcelona, um enorme festival que se prolonga de 26 de Setembro a 11 de Dezembro e cujo cartaz conta este ano com figuras como Diana Krall, Chick Corea, Chucho Valdés, Marc Ribot e Kurt Rosenwinkel.
Direcção Musical: Carlos Azevedo e Pedro Guedes
Convidado: Mark Turner (saxofone tenor)
Música: Carlos Azevedo e Pedro Guedes
Madeiras: José Luís Rego, João Guimarães, Mário Santos, José Pedro Coelho, Rui Teixeira
Trompetes: Gileno Santana, Ricardo Formoso, Rogério Ribeiro, Javier Pereiro
Trombones: Daniel Dias, Álvaro Pinto, Andreia Santos, Gonçalo Dias
Secção Rítmica: André Fernandes (guitarra) Carlos Azevedo e Pedro Guedes (piano), José Carlos Barbosa (contrabaixo), Marcos Cavaleiro (bateria)
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Ilustrar o nascimento e a afirmação das big bands de jazz e dar a conhecer alguns do seus mais ilustres criadores, praticantes e líderes é o objectivo da Orquestra Jazz de Matosinhos.
Neste programa, a OJM percorre três momentos essenciais da história das big bands: as suas origens, perpassadas por uma certa ingenuidade do “jazz sinfónico” e a afirmação do génio de Duke Ellington, um dos mais brilhantes e elegantes condutores de grandes orquestras; o jazz dançante, fase que culmina com a revelação do grande Count Basie; e, finalmente, a época de consagração do swing, com várias personalidades que resistiram ao tempo, entre as quais se destacam Jimmy Lucenford e Benny Goodman. Este programa idealizado por Manuel Jorge Veloso, confirma que a OJM tem uma notável capacidade de mergulhar na história do jazz e de fazer reviver momentos e ambientes inesquecíveis dos anos pioneiros de afirmação das big bands.
Concerto inserido em "Obra em Festa", uma iniciativa organizada pela Câmara Municipal de Matosinhos em parceria com a Casa da Arquitectura e Orquestra Jazz de Matosinhos, para apresentação do projeto e obra de reabilitação da Real Vinícola. Entrada Livre.
Direção Musical: Pedro Guedes
Madeiras: João Guimarães, João Pedro Brandão, Mário Santos, José Pedro Coelho, Rui Teixeira
Trompete: Gileno Santana, Javier Pereiro, Rogério Ribeiro, Ricardo Formoso
Trombone: Daniel Dias, Paulo Perfeito, Andreia Santos, Gonçalo Dias
Secção Rítmica: Carlos Azevedo (piano), José Carlos Barbosa (contrabaixo), Marcos Cavaleiro (bateria)
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OJM volta a apostar na nova geração do jazz português, convidando uma das grandes revelações recentes do saxofone para um concerto único no Cine-Teatro Constantino Nery em Matosinhos.
Depois de dois primeiros concertos dedicados à voz, este novo ciclo da OJM com jovens solistas que se vão afirmando no jazz nacional prossegue com o saxofone já a 17 de Outubro. O primeiro convidado, Ricardo Toscano, conquistou o Prémio Jovens Músicos em 2011 em quarteto com André Santos, João Hasselberg e João Pereira, na primeira edição em que este concurso integrou a categoria de jazz. Com apenas 22 anos completados em Setembro último, colaborou já com artistas como Carlos do Carmo, Camané, Rui Veloso e António Zambujo, e foi escolha de Mário Laginha para um ciclo de concertos programado pelo prestigiado pianista na Casa da Música. Este ano, integrou a reedição do histórico Sexteto de Jazz de Lisboa, ao lado de Mário Laginha, Tomás Pimentel, Edgar Caramelo, Pedro Barreiros e Mário Barreiros. Mais do que uma promessa, Ricardo Toscano é já uma voz firme do jazz nacional, procurado pelos seus pares e igualmente pelos veteranos.
Neste concerto em Matosinhos, Toscano e a OJM percorrem alguns momentos cruciais da música norte-americana para big band, passando por criadores enormes como Billy Strayhorn (com um tema escrito para a célebre orquestra de Duke Ellington), Bob Brookmeyer e Maria Schneider – três gerações de compositores incontornáveis para este formato. Confirmando a predileção de Toscano pela abordagem às suas grandes referências, mais do que em apressar as investidas no campo da composição original, salienta-se ainda a interpretação de dois arranjos magistrais de Gil Evans retirados do álbum histórico “New Bottle Old Wine", de 1958, que contava com Cannonball Aderley como principal solista.
A outra metade do concerto tem como ponto de partida o já extenso repertório da OJM. “Sargaço” e “Does It Matter" são composições de Pedro Guedes e Carlos Azevedo, respetivamente, que assinam também os outros três arranjos em programa, criados originalmente para projetos da orquestra com o guitarrista Kurt Rosenwinkel e a cantora Maria João.
Convidados: Ricardo Toscano (saxofone alto)
Direção Musical: Pedro Guedes
Música: Billy Strayhorn, Bob Brookmeyer, Carlos Azevedo, Duke Ellington, Hoagy Carmichael , Jelly Roll Morton, Kurt Rosenwinkel, Lil Hardin Armstrong, Maria Schneider, Pedro Guedes
Arranjos: Carlos Azevedo, Gil Evans , Pedro Guedes
Transcrição: David Berger, Niclas Rydh
Madeiras: José Luís Rego, João Pedro Brandão, Mário Santos, Diego Alvarez, Rui Teixeira
Trompete: Gileno Santana, Ricardo Formoso, Rogério Ribeiro, Javier Pereiro
Trombone: Daniel Dias, Paulo Perfeito, Álvaro Pinto, Gonçalo Dias
Secção Rítmica: Gonçalo Moreira (piano), Demian Cabaud (contrabaixo), Marcos Cavaleiro (bateria)
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Ilustrar o nascimento e a afirmação das big bands de jazz e dar a conhecer alguns do seus mais ilustres criadores, praticantes e líderes é o objectivo da Orquestra Jazz de Matosinhos (OJM).
Neste programa, a OJM percorre três momentos essenciais da história das big bands: as suas origens, perpassadas por uma certa ingenuidade do “jazz sinfónico” e a afirmação do génio de Duke Ellington, um dos mais brilhantes e elegantes condutores de grandes orquestras; o jazz dançante, fase que culmina com a revelação do grande Count Basie; e, finalmente, a época de consagração do swing, com várias personalidades que resistiram ao tempo, entre as quais se destacam Jimmy Lucenford e Benny Goodman. Este programa idealizado por Manuel Jorge Veloso, confirma que a OJM tem uma notável capacidade de mergulhar na história do jazz e de fazer reviver momentos e ambientes inesquecíveis dos anos pioneiros de afirmação das big bands.
Concerto comemorativo do 89º Aniversário de Emancipação Concelhia pela Câmara Municipal de São João da Madeira.
Direção Musical: Pedro Guedes
Madeiras: João Guimarães, João Pedro Brandão, Mário Santos, José Pedro Coelho, Rui Teixeira
Trompete: Gileno Santana, Javier Pereiro, Rogério Ribeiro, Ricardo Formoso
Trombone: Daniel Dias, Paulo Perfeito, Andreia Santos, Gonçalo Dias
Secção Rítmica: Carlos Azevedo (piano), Demian Cabaud (contrabaixo), Marcos Cavaleiro (bateria)
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Em exclusivo no Jazz em Agosto, a Orquestra Jazz de Matosinhos estreia-se ao lado do trompetista austríaco Michael Mantler.
Em 1968, o trompetista austríaco Michael Mantler dirigiu o histórico álbum da Jazz Composer’s Orchestra, contando com o talento de Carla Bley, Don Cherry, Pharoah Sanders ou Cecil Taylor. Mais de 45 anos depois, Mantler descobriu a intemporalidade do espírito libertador dessa gravação ao transferir o reportório para a Nouvelle Cuisine Big Band, processo fixado no álbum "The Jazz Composer’s Orchestra Update", recentemente editado pela ECM External Link e agora apresentado na edição de 2015 do Jazz em Agosto.
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Depois do concerto de há pouco mais de um ano na Casa da Música do Porto, de uma atuação em Ovar e do banho de multidão da Praça dos Leões durante o festival NOS em D’Bandada, a Orquestra Jazz de Matosinhos e Manuela Azevedo voltam a encontrar-se, desta vez para um concerto gratuito na marginal de Matosinhos. Um espetáculo a não perder no próximo sábado, 25 de julho, pelas 22 horas.
Convidados: Manuela Azevedo (voz), Miguel Ferreira (teclados)
Direção Musical: Pedro Guedes
Música: Clã, Chico Buarque, Elvis Costello, Ernie Burnett, George A. Norton, Janelle Monae, John Lennon, Paul McCartney, Queens of the Stone Age, Rufus Wainwright, Serge Gainsbourg, Tom Waits
Arranjos: Carlos Azevedo, Pedro Guedes, Telmo Marques
Madeiras: José Luís Rego, João Guimarães, Mário Santos, José Pedro Coelho, Rui Teixeira
Trompete: Gileno Santana, Javier Pereiro, Rogério Ribeiro, Ricardo Formoso
Trombone: Daniel Dias, Andreia Santos, Álvaro Pinto, Gonçalo Dias
Secção Rítmica: Miguel Moreira (guitarra), Carlos Azevedo (piano), Miguel Ferreira (teclados), José Carlos Barbosa (contrabaixo), Marcos Cavaleiro (bateria), Juca Monteiro (percussão)
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OJM recria o nascimento e a afirmação das big bands de jazz | Período de 1925 até 1945. Neste concerto a OJM percorre três momentos essenciais da história das big bands: as suas origens, perpassadas por uma certa ingenuidade do “jazz sinfónico” e a afirmação do génio de Duke Ellington, um dos mais brilhantes e elegantes condutores de grandes orquestras; o jazz dançante, fase que culmina com a revelação do grande Count Basie; e, finalmente, a época de consagração do swing, com várias personalidades que resistiram ao tempo, entre as quais se destacam Jimmie Lucenford e Benny Goodman.
Concerto realizado no âmbito do Dia do Município de Vila Nova de Famalicão, entrada livre. ATP – Associação Têxtil e Vestuário de Portugal – 50 anos, patrocinador principal, em co-produção com a Casa das Artes/ Município de Vila Nova de Famalicão.
Direção Musical: Pedro Guedes
Madeiras: João Guimarães, João Pedro Brandão, Mário Santos, José Pedro Coelho, Rui Teixeira
Trompete: Gileno Santana, Javier Pereiro, Rogério Ribeiro, Susana Santos Silva
Trombone: Daniel Dias, Álvaro Pinto, Gonçalo Dias , Paulo Perfeito
Secção Rítmica: Carlos Azevedo (piano), Demian Cabaud (contrabaixo), Marcos Cavaleiro (bateria)
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João Paulo Esteves da Silva e Orquestra Jazz de Matosinhos
Por culpa das imagens e do cinema, a música de Bernardo Sassetti tornou-se progressivamente uma sucessão de notas que acontecia ao silêncio, por cima do silêncio, em respeito ao silêncio. As suas composições foram nascendo, uma após outra, de uma sensibilidade extrema, como se tendessem para o nada. Mas o nada é, naturalmente, um engano. Porque o nada acentua tudo: cada nota sai engrandecida, ampliada, desamparada. Como um gesto largo em que a beleza está na fragilidade e na exposição, nessa coragem de vir para a frente, desnuda e crua, e deixar-se ouvir recortada ali mesmo, ao lado de uma imensa penumbra a que chamamos silêncio. É nesse repertório que encontramos os temas interpretados a solo por João Paulo Esteves da Silva, recolhidos nos álbuns Motion, Ascent e Indigo. Esta noite de aniversário dá-nos ainda a ouvir “Pescaria”, a sua única composição para big band, que juntará João Paulo Esteves da Silva à Orquestra Jazz de Matosinhos. Em seguida, a Orquestra é levada pela mão dos arranjadores Carlos Azevedo, Filipe Melo, Daniel Bernardes e Iuri Gaspar.
A missão da Casa Bernardo Sassetti é a de contrariar o silêncio e propagar esta música o mais possível, porque na verdade o silêncio só é verdadeiramente belo se estiver rodeado de muita gente.
Direção Musical: Carlos Azevedo
Música: Bernardo Sassetti
Arranjos: Bernardo Sassetti, Carlos Azevedo, Daniel Bernardes, Filipe Melo e Iuri Gaspar.
Madeiras: José Luís Rego, João Pedro Brandão, Mário Santos, José Pedro Coelho, Rui Teixeira
Trompete:Gileno Santana, Javier Pereiro, Rogério Ribeiro, Susana Santos Silva
Trombone: Daniel Dias, Andreia Santos, Álvaro Pinto, Gonçalo Dias
Seção Rítmica: Pedro Guedes (piano), Demian Cabaud (contrabaixo), Marcos Cavaleiro (bateria)
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Apresentação do primeiro módulo de programação e provocação do projeto CARA no âmbito do 12.º encontro Música Viva 2015. Para dar corpo a este módulo, designado por CARA Ano Zero, foram encomendadas cinco peças originais a cinco compositores portugueses: Filipe Lopes, Gustavo Costa, Igor C. Silva, Rui Penha e Rui Dias. Esta apresentação foi ainda complementada com um fresco electroacústico de Miguel Negrão.
Música: Filipe Lopes, Gustavo Costa, Igor C. Silva, Rui Penha, Rui Dias, Miguel Negrão
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Este reencontro da Orquestra de Jazz de Matosinhos com Kurt Rosenwinkel na Casa da Música, traz a estreia de novos arranjos sobre composições de Rosenwinkel: "Flute" arranjo de Ohad Talmor, "Song of our Sea" arranjo de Pedro Guedes e "Cycle Five" arranjo de Carlos Azevedo.
Convidados: Kurt Rosenwinkel (guitarra)
Direção Musical: Pedro Guedes
Música: Kurt Rosenwinkel
Arranjos: Carlos Azevedo, Ohad Talmor, Pedro Guedes
Madeiras: José Luís Rego, João Pedro Brandão, Mário Santos, José Pedro Coelho, Rui Teixeira
Trompete: Gileno Santana, Javier Pereiro, Susana Santos Silva , Rogério Ribeiro
Trombone: Daniel Dias, Álvaro Pinto, Andreia Santos, Gonçalo Dias
Secção Rítmica: Carlos Azevedo (piano), Demian Cabaud (contrabaixo), Marcos Cavaleiro (bateria)
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Depois da “Grande Pesca Sonora: Primeiras Improvisações”, neste ano letivo o trabalho apoia-se na criação musical e no contacto regular com os alunos, estendendo-se o espetro de ação a alunos de literatura pelo desenvolvimento de trabalho de escrita criativa, e alunos das belas-artes pela produção de trabalhos de vídeo e animação. Culmina num concerto que integra a comunidade escolar da Escola Secundária Augusto Gomes e a Orquestra de Jazz de Matosinhos.
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Depois da “Grande Pesca Sonora: Primeiras Improvisações”, neste ano letivo o trabalho apoia-se na criação musical e no contacto regular com os alunos, estendendo-se o espetro de ação a alunos de literatura pelo desenvolvimento de trabalho de escrita criativa, e alunos das belas-artes pela produção de trabalhos de vídeo e animação. Culmina num concerto que integra a comunidade escolar da Escola Secundária Augusto Gomes e a Orquestra de Jazz de Matosinhos
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Rita Maria é uma das convidadas de um novo projeto da Orquestra Jazz de Matosinhos, focado em revelar alguns dos melhores solistas do jazz português. O concerto da jovem cantora acompanhada pela OJM no Teatro Municipal de Matosinhos Constantino Nery, insere-se no ciclo dedicado à voz.
Rita Maria tem experiência nos mais diversos estilos musicais, desde o fado ao rock, à fusão e à world music, e embora se entregue afincadamente a todos, é ao jazz que deve a sua formação principal. A cantora lisboeta mudou-se para o Porto para estudar na ESMAE (cuja formação académica no jazz – a primeira no país – foi criada pelos diretores da OJM, Pedro Guedes e Carlos Azevedo) e lançou o seu primeiro álbum Míope e o Arco-Íris, em 2013.
Neste concerto, Rita Maria interpreta clássicos da música brasileira e latino-americana, sinal que a sua forte ligação com o Equador, onde passou grande parte da sua vida adulta, se manifesta nas suas influências.
Encontros e Despedidas de Milton Nascimento e Fernando Brant; e Soledad de Jorge Dexler, dois temas com arranjos de Pedro Guedes, que a brasileira Maria Rita cantou com a OJM há alguns anos, são re-interpretados por Rita Maria neste espetáculo, em que a cantora recorda também um momento marcante do seu percurso, a música Poema à Mãe, de Gonçalo Moreira e Eugénio de Andrade (e aqui com arranjos de João Pedro Brandão), que cantou pela primeira vez no seu recital de curso na ESMAE.
Prova da busca de Rita Maria por novos desafios, a solista irá interpretar o tema em crioulo, Lua de Princezito com arranjos de Pedro Guedes, uma canção emblemática de Cabo Verde e parte do repertório que Mayra Andrade apresentou numa colaboração passada com a OJM; e o nostálgico Alfonsina y El Mar de Ariel Ramírez e Félix Luna, um clássico que homenageia a poetisa argentina Alfonsina Storni (aqui, com arranjos de Javier Pereiro).
Um dos temas originais selecionados por Rita Maria é Abdicação, baseado no poema de Fernando Pessoa e presente no seu primeiro álbum, foi originalmente composto para o Festival Jazz in Situ 2011, no Equador. Para este concerto com a OJM, os arranjos são de António Pedro Neves.
Rita Maria apresenta igualmente peças de referência no jazz moderno, como Goodbye Pork Pie Hat, assinado por Charles Mingus e Joni Mitchell e com arranjos de Pedro Guedes; e temas que refletem o que melhor se faz em música em Portugal, como Onde Mora o Mundo, uma colaboração entre Afonso Pais e JP Simões, com arranjos de Rui Teixeira; Certeza, de João Paulo Esteves da Silva e arranjos de Carlos Azevedo; e uma referência ao pop rock nacional com Dançar na Corda Bamba dos Clã, com arranjos de José Pedro Coelho.
Rita Maria revela-se como uma das cantoras da nova geração que traz a sua própria identidade para o jazz nacional. Em próximos concertos deste projeto da OJM – inaugurado num concerto com Sofia Ribeiro, em Novembro de 2014 – iremos assistir a mais solistas e instrumentistas de excelência acompanhados pela big band.
Convidados: Rita Maria (voz)
Direção Musical: Carlos Azevedo
Arranjos: António Pedro Neves, Carlos Azevedo, Javier Pereiro, João Pedro Brandão, José Pedro Coelho, Pedro Guedes, Rui Teixeira
Madeiras: José Luís Rego, João Guimarães, Mário Santos, José Pedro Coelho, Rui Teixeira
Trompete: Gileno Santana, Javier Pereiro, Rogério Ribeiro, Susana Santos Silva
Trombone: Daniel Dias, Paulo Perfeito, Andreia Santos, Gonçalo Dias
Secção Rítmica: Eurico Costa (guitarra), Pedro Guedes (piano), Demian Cabaud (contrabaixo), Marcos Cavaleiro (bateria)