Z-A Journey Through the Ages of Jazz
A Journey Through the Ages of Jazz

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Big Bands: Do Ballroom à Sala de Concerto


Um século de história do jazz é também um século de big bands. Dos primórdios do jazz até aos nossos dias, foram muitas as mudanças que se atravessaram no percurso das orquestras, levando-as a assumir as mais variadas personalidades: de animador insuperável das pistas de dança a veículo para os modernismos e experimentalismos. Permeável a todos os estilos, adotou as linguagens suas contemporâneas: orquestrando as que vinham do jazz – o swing, o bebop, o cool ou o free – e trazendo para o jazz as que vinham de fora – dos ritmos latinos à estética académica contemporânea. A viagem fascinante das big bands é o tema deste ciclo de concertos comentados da Orquestra Jazz de Matosinhos, passando por figuras históricas como Paul Whiteman, Benny Goodman, Count Basie, Duke Ellington, Dizzie Gillespie, Gil Evans, George Russel, Charlie Haden, Bob Brookmeyer e muitos mais. Os grandes compositores e arranjadores de outros tempos, mas também os ícones da atualidade como Carla Bley, Maria Schneider ou John Hollenbeck. São oito concertos em que a OJM assume de corpo inteiro aquela que é uma das suas missões, a de contar a história do jazz.



I - As Origens da Big Band

A surpresa e a ingenuidade de certo “jazz sinfónico”, a figura singular de Paul Whiteman, o papel essencial de Don Redman ou Sy Oliver, como arranjadores, e de Fletcher Henderson e Jimmie Lunceford, como chefes de orquestra, e a afirmação do génio de Ellington, o elegante “Duke” desta aristocracia emergente.


II - O Jazz na Pista de Dança

Juntam-se a esta história três nomes pioneiros à frente das suas orquestras: Andy Kirk, Benny Carter e Chick Webb. Na escrita dos arranjos, dão cartas Mary Lou Williams, Eddie Durham, Edgar Sampson e mais tarde Neil Hefei. Mas Basie é agora o “Count”, a grande personalidade deste período, na esteira de Benny Moten.


III - A Consagração do Swing

Os ballrooms continuam repletos e os micros estão lá, a transmitir em direto para a rádio: Jimmy e Tommy Dorsey, Glenn Miller, Charlie Barnet, Earl Hines e Cab Calloway põem os pares a dançar. Entretanto, o Swing, como estilo, adota o swing, como forma de entender o tempo. E Benny Goodman é consagrado o seu “King”.


IV - As Big Bands e o Jazz Moderno

As grandes orquestras brancas – Artie Shaw, Gene Krupa e Les Brown, entre outras – juntam-se às de Billy Eckstine ou Lionel Hampton nesses derradeiros tempos do Swing. E quer Dizzy Gillespie quer Woody Herman demonstram como o bebop e o cool podem ser “traduzidos” para big band.


V - As Big Bands e o Jazz Moderno

A par da evolução do jazz, as big bands começam a assumir-se como oficinas de experimentação musical. Nalguns casos, os arranjadores são os chefes da orquestra [e vice-versa]. É o tempo de Shorty Rogers, Gerry Mulligan, Bob Brookmeyer, Marty Paich, Al Cohn ou Bill Russo. E Stan Kenton e Gil Evans são expoentes da época.


VI - Outros Reflexos da Modernidade nas Big Bands

Sendo certo que, por definição, o free jazz se não dá bem com os rigores da partitura, músicos houve que mesmo assim inventaram, de forma nova e diferente, para a grande orquestra. Charles Mingus, Gunther Schuller, Oliver Nelson, George Russell ou Muhal Richard Abrams foram alguns deles. E Duke Ellington termina a carreira em grande.


VII - Quando as várias fusões convivem com os neo-classicismos

Um capítulo que “toca a reunir” personalidades muito diversas, músicos com modos diferentes de aproximação do jazz. Ordenados indiferentemente, eles são Quincy Jones ou Ray Charles, Buddy Rich ou de novo Gil Evans, Billy May ou Don Ellis, Tito Puente ou Gerald Wilson. Com a parelha Thad Jones/Mel Lewis a dar cartas, como se ouvirá.


VIII - As Big Bands e o Presente/Futuro do Jazz

Desaparecidos há muito os génios do jazz, este ainda tem para nos dar exemplos de alta qualidade no domínio das big bands. É o tempo das grandes sínteses e da polivalência estética, com jovens e veteranos a ombrear sobre os palcos: Bill Holman e Haden, Carla Bley e Toshiko, Maria Schneider e Hollenbeck, com Wynton Marsalis pelo meio. E, ainda e sempre, Bob Brookmeyer.

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